Ola Amigos (as)
segue algumas informaçoes sobre erros comuns em nossa redação. Coletados em varios sites, este texto pode nos ajudar a evitar erros corriqueiros na lingua escrita. Obviamente, respeitando a linguagem oral de cada individuo ou região.
Ao final de cada texto indico o site que o texto foi retirado.
Os cem erros mais comuns:
Fonte: Estadão.com.br
Erros gramaticais e ortográficos devem, por princípio, ser evitados. Alguns, no entanto, como ocorrem com maior freqüência, merecem atenção redobrada. O primeiro capítulo deste manual inclui explicações mais completas a respeito de cada um deles. Veja os cem mais comuns do idioma e use esta relação como um roteiro para fugir deles.
1 - "Mal cheiro", "mau-humorado". Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.
2 - "Fazem" cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.
3 - "Houveram" muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais.
4 - "Existe" muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam idéias.
5 - Para "mim" fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.
6 - Entre "eu" e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti.
7 - "Há" dez anos "atrás". Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás.
8 - "Entrar dentro". O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido.
9 - "Venda à prazo". Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.
10 - "Porque" você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que separado: Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por que razão você se atrasou. Porque é usado nas respostas: Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado.
11 - Vai assistir "o" jogo hoje. Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à missa, à sessão. Outros verbos com a: A medida não agradou (desagradou) à população. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes.
12 - Preferia ir "do que" ficar. Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar. É preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer sem glória.
13 - O resultado do jogo, não o abateu. Não se separa com vírgula o sujeito do predicado. Assim: O resultado do jogo não o abateu. Outro erro: O prefeito prometeu, novas denúncias. Não existe o sinal entre o predicado e o complemento: O prefeito prometeu novas denúncias.
14 - Não há regra sem "excessão". O certo é exceção. Veja outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma correta: "paralizar" (paralisar), "beneficiente" (beneficente), "xuxu" (chuchu), "previlégio" (privilégio), "vultuoso" (vultoso), "cincoenta" (cinqüenta), "zuar" (zoar), "frustado" (frustrado), "calcáreo" (calcário), "advinhar" (adivinhar), "benvindo" (bem-vindo), "ascenção" (ascensão), "pixar" (pichar), "impecilho" (empecilho), "envólucro" (invólucro).
15 - Quebrou "o" óculos. Concordância no plural: os óculos, meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias.
16 - Comprei "ele" para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-me.
17 - Nunca "lhe" vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto: Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. / Ela o ama.
18 - "Aluga-se" casas. O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados.
19 - "Tratam-se" de. O verbo seguido de preposição não varia nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. / Precisa-se de empregados. / Apela-se para todos. / Conta-se com os amigos.
20 - Chegou "em" São Paulo. Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo.
21 - Atraso implicará "em" punição. Implicar é direto no sentido de acarretar, pressupor: Atraso implicará punição. / Promoção implica responsabilidade.
22 - Vive "às custas" do pai. O certo: Vive à custa do pai. Use também em via de, e não "em vias de": Espécie em via de extinção. / Trabalho em via de conclusão.
23 - Todos somos "cidadões". O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres.
24 - O ingresso é "gratuíto". A pronúncia correta é gratúito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe e só indica a letra tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo.
25 - A última "seção" de cinema. Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale a tempo de uma reunião, função: Seção Eleitoral, Seção de Esportes, seção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de pancadas, sessão do Congresso.
26 - Vendeu "uma" grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc.
27 - "Porisso". Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de.
28 - Não viu "qualquer" risco. É nenhum, e não "qualquer", que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma confusão.
29 - A feira "inicia" amanhã. Alguma coisa se inicia, se inaugura: A feira inicia-se (inaugura-se) amanhã.
30 - Soube que os homens "feriram-se". O que atrai o pronome: Soube que os homens se feriram. / A festa que se realizou... O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / Nenhum dos presentes se pronunciou. / Quando se falava no assunto... / Como as pessoas lhe haviam dito... / Aqui se faz, aqui se paga. / Depois o procuro.
31 - O peixe tem muito "espinho". Peixe tem espinha. Veja outras confusões desse tipo: O "fuzil" (fusível) queimou. / Casa "germinada" (geminada), "ciclo" (círculo) vicioso, "cabeçário" (cabeçalho).
32 - Não sabiam "aonde" ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos?
33 - "Obrigado", disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa: "Obrigada", disse a moça. / Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo.
34 - O governo "interviu". Intervir conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, intervim, interviemos, intervieram. Outros verbos derivados: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predisse, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser, etc.
35 - Ela era "meia" louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga.
36 - "Fica" você comigo. Fica é imperativo do pronome tu. Para a 3.ª pessoa, o certo é fique: Fique você comigo. / Venha pra Caixa você também. / Chegue aqui.
37 - A questão não tem nada "haver" com você. A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. Da mesma forma: Tem tudo a ver com você.
38 - A corrida custa 5 "real". A moeda tem plural, e regular: A corrida custa 5 reais.
39 - Vou "emprestar" dele. Emprestar é ceder, e não tomar por empréstimo: Vou pegar o livro emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas malas.
40 - Foi "taxado" de ladrão. Tachar é que significa acusar de: Foi tachado de ladrão. / Foi tachado de leviano.
41 - Ele foi um dos que "chegou" antes. Um dos que faz a concordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). / Era um dos que sempre vibravam com a vitória.
42 - "Cerca de 18" pessoas o saudaram. Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com números exatos: Cerca de 20 pessoas o saudaram.
43 - Ministro nega que "é" negligente. Negar que introduz subjuntivo, assim como embora e talvez: Ministro nega que seja negligente. / O jogador negou que tivesse cometido a falta. / Ele talvez o convide para a festa. / Embora tente negar, vai deixar a empresa.
44 - Tinha "chego" atrasado. "Chego" não existe. O certo: Tinha chegado atrasado.
45 - Tons "pastéis" predominam. Nome de cor, quando expresso por substantivo, não varia: Tons pastel, blusas rosa, gravatas cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas amarelas.
46 - Lute pelo "meio-ambiente". Meio ambiente não tem hífen, nem hora extra, ponto de vista, mala direta, pronta entrega, etc. O sinal aparece, porém, em mão-de-obra, matéria-prima, infra-estrutura, primeira-dama, vale-refeição, meio-de-campo, etc.
47 - Queria namorar "com" o colega. O com não existe: Queria namorar o colega.
48 - O processo deu entrada "junto ao" STF. Processo dá entrada no STF. Igualmente: O jogador foi contratado do (e não "junto ao") Guarani. / Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não "junto aos") leitores. / Era grande a sua dívida com o (e não "junto ao") banco. / A reclamação foi apresentada ao (e não "junto ao") Procon.
49 - As pessoas "esperavam-o". Quando o verbo termina em m, ão ou õe, os pronomes o, a, os e as tomam a forma no, na, nos e nas: As pessoas esperavam-no. / Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos.
50 - Vocês "fariam-lhe" um favor? Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo condicional) ou particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? / Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca "imporá-se"). / Os amigos nos darão (e não "darão-nos") um presente. / Tendo-me formado (e nunca tendo "formado-me").
51 - Chegou "a" duas horas e partirá daqui "há" cinco minutos. Há indica passado e equivale a faz, enquanto a exprime distância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz): Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) cinco minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos de 12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias.
52 - Blusa "em" seda. Usa-se de, e não em, para definir o material de que alguma coisa é feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha de prata, estátua de madeira.
53 - A artista "deu à luz a" gêmeos. A expressão é dar à luz, apenas: A artista deu à luz quíntuplos. Também é errado dizer: Deu "a luz a" gêmeos.
54 - Estávamos "em" quatro à mesa. O em não existe: Estávamos quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na sala.
55 - Sentou "na" mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao computador.
56 - Ficou contente "por causa que" ninguém se feriu. Embora popular, a locução não existe. Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu.
57 - O time empatou "em" 2 a 2. A preposição é por: O time empatou por 2 a 2. Repare que ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por.
58 - À medida "em" que a epidemia se espalhava... O certo é: À medida que a epidemia se espalhava... Existe ainda na medida em que (tendo em vista que): É preciso cumprir as leis, na medida em que elas existem.
59 - Não queria que "receiassem" a sua companhia. O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia. Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i quando o acento cai no e que precede a terminação ear: receiem, passeias, enfeiam).
60 - Eles "tem" razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem é a forma do singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem.
61 - A moça estava ali "há" muito tempo. Haver concorda com estava. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. / Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos meses. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses. (O havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo.)
62 - Não "se o" diz. É errado juntar o se com os pronomes o, a, os e as. Assim, nunca use: Fazendo-se-os, não se o diz (não se diz isso), vê-se-a, etc.
63 - Acordos "políticos-partidários". Nos adjetivos compostos, só o último elemento varia: acordos político-partidários. Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas econômico-financeiras, partidos social-democratas.
64 - Fique "tranquilo". O u pronunciável depois de q e g e antes de e e i exige trema: Tranqüilo, conseqüência, lingüiça, agüentar, Birigüi.
65 - Andou por "todo" país. Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos.
66 - "Todos" amigos o elogiavam. No plural, todos exige os: Todos os amigos o elogiavam. / Era difícil apontar todas as contradições do texto.
67 - Favoreceu "ao" time da casa. Favorecer, nesse sentido, rejeita a: Favoreceu o time da casa. / A decisão favoreceu os jogadores.
68 - Ela "mesmo" arrumou a sala. Mesmo, quanto equivale a próprio, é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. / As vítimas mesmas recorreram à polícia.
69 - Chamei-o e "o mesmo" não atendeu. Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. / Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e não "dos mesmos").
70 - Vou sair "essa" noite. É este que desiga o tempo no qual se está ou objeto próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o século 20).
71 - A temperatura chegou a 0 "graus". Zero indica singular sempre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora.
Parte inferior do formulário
· Assine
72 - A promoção Parte superior do formulário
veio "de encontro aos" seus desejos. Ao encontro de é que expressa uma situação favorável: A promoção veio ao encontro dos seus desejos. De encontro a significa condição contrária: A queda do nível dos salários foi de encontro às (foi contra) expectativas da categoria.
73 - Comeu frango "ao invés de" peixe. Em vez de indica substituição: Comeu frango em vez de peixe. Ao invés de significa apenas ao contrário: Ao invés de entrar, saiu.
74 - Se eu "ver" você por aí... O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu vier (de vir), convier; se eu tiver (de ter), mantiver; se ele puser (de pôr), impuser; se ele fizer (de fazer), desfizer; se nós dissermos (de dizer), predissermos.
75 - Ele "intermedia" a negociação. Mediar e intermediar conjugam-se como odiar: Ele intermedeia (ou medeia) a negociação. Remediar, ansiar e incendiar também seguem essa norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio.
76 - Ninguém se "adequa". Não existem as formas "adequa", "adeqüe", etc., mas apenas aquelas em que o acento cai no a ou o: adequaram, adequou, adequasse, etc.
77 - Evite que a bomba "expluda". Explodir só tem as pessoas em que depois do d vêm e e i: Explode, explodiram, etc. Portanto, não escreva nem fale "exploda" ou "expluda", substituindo essas formas por rebente, por exemplo. Precaver-se também não se conjuga em todas as pessoas. Assim, não existem as formas "precavejo", "precavês", "precavém", "precavenho", "precavenha", "precaveja", etc.
78 - Governo "reavê" confiança. Equivalente: Governo recupera confiança. Reaver segue haver, mas apenas nos casos em que este tem a letra v: Reavemos, reouve, reaverá, reouvesse. Por isso, não existem "reavejo", "reavê", etc.
79 - Disse o que "quiz". Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer e pôr: Quis, quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos.
80 - O homem "possue" muitos bens. O certo: O homem possui muitos bens. Verbos em uir só têm a terminação ui: Inclui, atribui, polui. Verbos em uar é que admitem ue: Continue, recue, atue, atenue.
81 - A tese "onde"... Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. / Veja o jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos, use em que: A tese em que ele defende essa idéia. / O livro em que... / A faixa em que ele canta... / Na entrevista em que...
82 - Já "foi comunicado" da decisão. Uma decisão é comunicada, mas ninguém "é comunicado" de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado, avisado) da decisão. Outra forma errada: A diretoria "comunicou" os empregados da decisão. Opções corretas: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. / A decisão foi comunicada aos empregados.
83 - Venha "por" a roupa. Pôr, verbo, tem acento diferencial: Venha pôr a roupa. O mesmo ocorre com pôde (passado): Não pôde vir. Veja outros: fôrma, pêlo e pêlos (cabelo, cabelos), pára (verbo parar), péla (bola ou verbo pelar), pélo (verbo pelar), pólo e pólos. Perderam o sinal, no entanto: Ele, toda, ovo, selo, almoço, etc.
84 - "Inflingiu" o regulamento. Infringir é que significa transgredir: Infringiu o regulamento. Infligir (e não "inflingir") significa impor: Infligiu séria punição ao réu.
85 - A modelo "pousou" o dia todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante, etc. Não confunda também iminente (prestes a acontecer) com eminente (ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito).
86 - Espero que "viagem" hoje. Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A forma verbal é viajem (de viajar): Espero que viajem hoje. Evite também "comprimentar" alguém: de cumprimento (saudação), só pode resultar cumprimentar. Comprimento é extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido (concretizado).
87 - O pai "sequer" foi avisado. Sequer deve ser usado com negativa: O pai nem sequer foi avisado. / Não disse sequer o que pretendia. / Partiu sem sequer nos avisar.
88 - Comprou uma TV "a cores". Veja o correto: Comprou uma TV em cores (não se diz TV "a" preto e branco). Da mesma forma: Transmissão em cores, desenho em cores.
89 - "Causou-me" estranheza as palavras. Use o certo: Causaram-me estranheza as palavras. Cuidado, pois é comum o erro de concordância quando o verbo está antes do sujeito. Veja outro exemplo: Foram iniciadas esta noite as obras (e não "foi iniciado" esta noite as obras).
90 - A realidade das pessoas "podem" mudar. Cuidado: palavra próxima ao verbo não deve influir na concordância. Por isso : A realidade das pessoas pode mudar. / A troca de agressões entre os funcionários foi punida (e não "foram punidas").
91 - O fato passou "desapercebido". Na verdade, o fato passou despercebido, não foi notado. Desapercebido significa desprevenido.
92 - "Haja visto" seu empenho... A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas.
93 - A moça "que ele gosta". Como se gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova de que participou, o amigo a que se referiu, etc.
94 - É hora "dele" chegar. Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou pronome, nos casos seguidos de infinitivo: É hora de ele chegar. / Apesar de o amigo tê-lo convidado... / Depois de esses fatos terem ocorrido...
95 - Vou "consigo". Consigo só tem valor reflexivo (pensou consigo mesmo) e não pode substituir com você, com o senhor. Portanto: Vou com você, vou com o senhor. Igualmente: Isto é para o senhor (e não "para si").
96 - Já "é" 8 horas. Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8 horas. / Já é (e não "são") 1 hora, já é meio-dia, já é meia-noite.
97 - A festa começa às 8 "hrs.". As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não "kms."), 5 m, 10 kg.
98 - "Dado" os índices das pesquisas... A concordância é normal: Dados os índices das pesquisas... / Dado o resultado... / Dadas as suas idéias...
99 - Ficou "sobre" a mira do assaltante. Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama. Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz alguma coisa e alguém vai para trás.
100 - "Ao meu ver". Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a seu ver, a nosso ver.
http://www.estudanet.hpg.ig.com.br/cem-erros.htm > 27/01/2008
Erros mais comuns da língua portuguesa
Casos inadmissíveis
Dúvidas
• Erros + comuns
Há a ou á
Novo Acordo Ortográfico
Palavras que confundem
Plurais difíceis
Ponto e vírgula
Reticência
Senão e se não
Tautologia
Travessão
Uso da Vírgula
Verbo com dois particípios
Verbos Defectivos
Afrontar a língua portuguesa depõe contra a imagem de qualquer executivo competente, quer do ponto de vista técnico, quer no exercício de suas atividades. Erros de português depõem, e muito, contra os profissionais mais jovens e menos qualificados, podendo até prejudicá-los na sua carreira em ascensão. Erros de português podem impedir a promoção de funcionários, pois cometer vulgaridade de linguagem não é uma postura profissional.
MANTEIGUEIRA
A minha mantegueira era de estimação.
A minha manteigueira era de estimação.
Manteigueira (man-tei-gueira-ra), vem de "manteiga".
O correto, portanto, é:
A minha manteigueira era de estimação.
RECORDE
Ele bateu o record.
Ele bateu o record.
Recorde: indica uma marca máxima atingida.
Diga recórde, forma correta. A forma aportuguesada recorde (paroxítona) já é de uso consagrado e reconhecida pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. Evite a pronúncia proparoxítona (récorde) e a grafia inglesa record. A pronúncia proparoxítona é registrada somente por Houaiss.
O correto, portanto, é:
Ele bateu o recorde.
CABELEIREIRO / PRAZEROSO
É prazeiroso ir ao cabelereiro.
É prazeroso ir ao cabeleireiro.
Prazeroso: não existe a letra "i" nessa palavra. Sua formação é a seguinte: prazer+oso. Daí, prazeroso, prazerosamente (e não "prazeiroso" ou "prazeirosamente").
Cabeleireiro: o correto é cabeleireiro (ca-be-lei-rei-ro). Provém de "cabeleira+eiro" (que indica profissão).
O correto, portanto, é:
É prazeroso ir ao cabeleireiro.
TAMPOUCO / TÃO POUCO
Não houve frutas, tão pouco doces.
Não houve frutas, tampouco doces.
Tão pouco: muito pouco. Assim: A família tinha tão pouco para doar (= algo em pouca quantidade) / Ele comeu tão pouco (= muito pouco).
Tampouco: Também não; nem. Assim: Não comeu frutas, tampouco doces.
O correto, portanto, é:
Não houve frutas, tampouco doces.
MUÇARELA / MOZARELA
Quero uma pizza de mussarela.
Quero uma pizza de muçarela.
Não existe a grafia "mussarela" (com "ss"). Está consignada no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, a forma muçarela (com "ç"). Pode-se usar também a forma mozarela. A grafia mussarela é de uso comum nos folhetos de propaganda das pizzarias, o que não justifiça a continuação de seu uso. A palavra muçarela vem do italiano mozzarella, um queijo de origem napolitana feito de leite de búfala (ou de vaca). Mozzarella é diminutivo de Mozza (leite talhado com fungo, mozzé).
O correto, portanto é:
Quero uma pizza de muçarela.
COMPANHIA
Magda, quero ir em sua compania.
Magda, quero ir em sua companhia.
Não existe a palavra "compania". É inaceitável a pronúncia "compania".
O correto, portanto é:
Magda, quero ir em sua companhia.
ETC.
Tenho um apartamento com sala, quarto e etc.
Tenho um apartamento com sala, quarto, etc.
Etc. é abreviatura de et caetera ou et coetera, expressão latina que significa "e as outras coisas". Normalmente é usada quando se quer evitar uma longa enumeração - Tenho um apartamento com sala, quarto, etc. / Fui à feira e comprei mexericas, bananas, verduras, pastéis, etc. Atualmente, aplica-se também para pessoas, embora, pelo sentido, se use com referência a coisas somente. Usa-se vírgula antes de "etc". O que não se deve usar é a conjunção "e".
O correto, portanto é:
Tenho um apartamento com sala, quarto, etc.
AVÔS / AVÓS
O pai do meu pai e o pai da minha mãe são meus avós.
O pai do meu pai e o pai de minha mãe são meus avôs.
Avôs e avós: o substantivo avô tem duas pronúncias no plural: "avôs" ("ô" fechado) e "avós" ("ó" aberto). Assim: avôs, quando se refere ao avô paterno e ao avô materno: avós, quando se refere ao "avô" e à "avó" (ou aos antepassados).
O correto, portanto, é:
O pai do meu pai e o pai de minha mãe são meus avôs.
TACHAR / TAXAR / LADRA
Marta foi taxada de ladrona.
Marta foi tachada de ladra.
Tachar: é acusar, censurar. Outros exemplos: Ele também foi tachado de ladrão / O promotor foi tachado de leviano.
Taxar é regular o preço; regular, moderar, lançar uma taxa (tributo) sobre.
Pode também significar "qualificar": Muitos taxam a medicina de infalível.
Ladrão: seu feminino é ladra.
O correto, portanto, é:
Marta foi tachada de ladra.
BEM-VINDO / BENVINDO
Seja benvida, Maria Cristina.
Seja bem-vinda, Maria Cristina.
Bem-vindo(a): é um adjetivo composto.
Bemvindo(a) (sem hífen) é nome de homem ou de mulher. O plural de "bem-vindo" é "bem-vindos"; o feminino é "bem-vindas". Assim: Bem-vindo, prezado mestre. / Bem-vinda, prazada professora.
O correto, portanto, é:
Seja bem-vinda, Maria Cristina.
DISPENSA / DESPENSA
A dispensa da casa estava sempre cheia de bons alimentos.
A despensa da casa estava sempre cheia de bons alimentos.
Dispensa: isenção, desobrigação: Recebeu a dispensa do serviço militar.
Despensa: local onde se guardam alimentos.
O correto, portanto, é:
A despensa da casa estava sempre cheia de bons alimentos.
DEPREDAR
Os adversários de Danielle depedraram o caminhão.
Os adversários de Danielle depredaram o caminhão.
A forma correta é depredar: "roubar", "saquear", "destruir".
O correto, portanto, é:
Os adversários de Danielle depredaram o caminhão.
POSSUIR
Ele possue mais de dez apartamentos.
Ele possui mais de dez apartamentos.
Possuir: nas formas dos verbos terminados em "uir", mais precisamente na 2a e 3a pessoas do singular do presente do indicativo, grafa-se "-ui" e não "ue", isto é, emprega-se a letra "i" e não a letra "e". Assim: possuis, possui.
Observe também o verbo "concluir": "concluis", "conclui". O verbo "poluir" também: poluis, polui.
O correto, portanto, é:
Ele possui mais de dez apartamentos.
HAJA / AJA
Que você haja com prudência.
Que você aja com prudência.
Aja é do verbo "agir". Haja, do verbo "haver".
Aja: presente do subjuntivo do verbo "agir" (que eu aja, que tu ajas, que ele aja, etc.).
Haja: presente do subjuntivo do verbo "haver" (que eu haja, que tu hajas, que ele haja, etc.).
O correto, portanto, é:
Que você aja com prudência.
MAS / PORÉM
Ela se candidatou, mas porém, não obteve êxito.
Ela se candidatou, mas não obteve êxito.
As conjunções mas e porém juntas constituem uma forma inaceitável de redundância. Usa-se uma ou outra: Ela se candidatou, mas não obteve êxito; ou Ela se candidatou, porém não obteve êxito.
O correto, portanto, é:
Ela se candidatou, mas não obteve êxito.
COPO DE ÁGUA
Bia pediu um copo com água, uma xícara de café e um litro de leite.
Bia pediu um copo de água, uma xícara de café e um litro de leite.
Não quer dizer que o copo seja feito de água, que a xícara seja feita de café e que o litro seja feito de leite, embora a preposição "de" designe o material de que é feita alguma coisa: cabo de aço, estátua de gesso, etc.
Poucas pessoas teimam em dizer "copo com água", "xícara com café", "litro com leite" - tais expressões têm o sentido de "copo (xícara ou litro) com alguma água ou com algum café, leite". Quando se diz "copo de água", etc., a palavra "copo" (xícara ou litro) define a medida; não quer dizer que o copo (xícara ou litro) seja feito de água, etc.
O correto, portanto, é:
Bia pediu um copo de água, uma xícara de café e um litro de leite.
IR A / IR PARA
Foram para Rio das Ostras passar uns dias.
Foram a Rio das Ostras passar uns dias.
A preposição "a" indica deslocamento rápido.
A preposição "para" indica deslocamento demorado ou definitivo.
O correto, portanto, é:
Foram a Rio das Ostras passar uns dias.
AO INVÉS DE / EM VEZ DE
Ao invés de falar, procurou ser atencioso.
Em vez de falar, procurou ser atencioso.
Há diferença entre:
Ao invés de: é a mesma coisa que "ao contrário": Ao invés de comprar, vendeu.
Em vez de: é a mesma coisa que "em lugar de": Em vez de falar, procurou ser atencioso.
O correto, portanto, é:
Em vez de falar, procurou ser atencioso.
CONVIR
Olívia, faça quando isto lhe convir.
Olívia, faça quando isto lhe convier.
Convir: segue, na conjugação, o verbo "vir". Significa "concordar", ser conveniente, ser útil. O futuro do subjuntivo de vir é: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem.
Assim: convier, convieres, convier, conviermos, convierdes, convierem.
O correto, portanto, é:
Olivia, faça quando isto lhe convier..
POLIR
Mary Lucy pole mensalmente os seus talhares .
Mary Lucy pule mensalmente os seus talheres.
Polir: presente do indicativo: pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem.
O correto, portanto, é:
Mary Lucy pule mensalmente os seus talhares.
REAVER
Eles reaveram o objeto perdido.
Eles reouveram o objeto perdido.
Reaver: verbo defectivo. Segue o verbo "haver" somente nas formas em que conserva o "v".
O correto, portanto, é:
Eles reouveram o objeto perdido.
IR
Se ele ir, eu irei também.
Se ele for, eu irei também.
O futuro do subjuntivo do verbo "ir" é: for, fores, for, formos, fordes, forem.
O correto, portanto, é:
Se ele for, eu irei também.
ACAUTELAR-SE / PRECAVER-SE
Que você se precavenha, meu filho.
Que você se acautele, meu filho.
Precaver-se: este verbo não possui o presente do subjuntivo. Deve ser substituído por "acautelar-se", "prevenir".
O correto, portanto, é:
Que você se acautele, meu filho.
COLORIR
Eu coloro a vida com versos de amor.
Eu dou cor à vida com versos de amor.
Colorir: verbo defectivo. Só se conjuga nas pessoas em que ao "r" se segue "e" ou "i". Assim:... tu colores, ele colore, nós colorimos, vós coloris, eles colorem. Não se conjuga, pois, na primeira pessoa do singular do presente do indicativo. Quando precisar, procure usar um equivalente, como "Dar cor a"; "matizar de cor"; "pintar com cores vivas", etc.
O correto, portanto, é:
Eu dou cor à vida com versos de amor.
CONSIGO / COM VOCÊ
Quero falar consigo.
Quero falar com você.
O pronome consigo é reflexivo. Assim: Ele fala consigo mesmo. / O professor leva consigo a pasta. Deve-se dizer: Quero falar com você. / Quero falar com o senhor. / Quero falar com ela. / Quero ir com ela ao teatro. Se o tratamento for da segunda pessoa deve-se dizer: Quero falar contigo. / Quero ir contigo ao cinema.
O correto, portanto, é:
Quero falar com você.
MIM / SI
Eu fiquei fora de si.
Eu fiquei fora de mim.
O pronome mim concorda com a 1a pessoa (eu) e o pronome si, com a 3a pessoa (ele, ela).
Assim: Meus filhos esperam muito de mim. ? O vizinho ficou fora de si.
O correto, portanto, é:
Eu fiquei fora de mim.
PARA EU / PARA MIM
O jornal é para mim ler.
O jornal é para eu ler.
Nunca se deve dizer: mim quer casar ou mim vai car. O eu é que pode ser sujeito.
Assim: Sou eu que faço. Portanto, para eu ler. Use o "mim", quando o "eu" não for o sujeito.
Assim: O jornal é para mim. / Para mim, ela é linda.
O correto, portanto, é:
O jornal é para eu ler.
SOBRANCELHAS/SOMBRANCELHAS
Minhas sombrancelhas.
Minhas sobrancelhas.
Sobrancelhas: Cada uma das duas faixas de pêlos que se dispõem por sobre as órbitas oculares; SOBROLHO; SUPERCÍLIO.
Não existe a palavra sombrancelhas.
O correto, portanto, é:
Minhas sobrancelhas.
http://www.cassao.eti.br/portal/?q=node/118
Erros Gramaticais comuns na Língua Portuguesa - Parte I
Conceito de correçãoNuma língua, existem vários modos de falar, determinados pela localização geográfica do falante, faixa etária, situação, nível de escolaridade, nível social dentre outros fatores. Dentre estes, existe um que se institui como língua-padrão, que corresponde ao modo de falar das pessoas de mais prestígio dentro do grupo social, quando usam a língua em situações formais.A Gramática é fruto desta tentativa de sistematizar a língua padrão, estabelecendo normas daquilo que seria falar corretamente uma língua. Essas normas, instituídas pelo uso das pessoas de prestígio e explicitadas pela Gramática, estão sempre sujeitas a desvios por conta da heterogeneidade da fala, já que uma pessoa nunca fala do mesmo modo em todas as situações.Conceituando correto e errado, neste contexto, temos:* Correto: é todo uso lingüístico que segue as normas da língua-padrão;* Errado: é todo uso lingüístico que não segue as normas impostas pela gramática.Ainda que esses erros se situem nas mais diversas camadas da língua, em virtude de a Gramática Normativa não se basear nas situações de fala, é possível determinar alguns tipos que costumam ocorrer com mais freqüência, tomando sempre por base a língua escrita.1. Erros de grafia: ocorrem nas mais diversas construções. Exemplo:Comprei três quilos de mortandela. (mortadela)Os partidos vivem a degladiar entre si. (digladiar)O garoto foi pego roubando salchichas. Porisso, não deixe que tome conta do açougue. (salsichas / Por isso)2. Erros de impropriedade vocabular: ocorrem quando se usa uma palavra em lugar de outra por falsa associação de sentido entre elas. Exemplo:As lâmpadas florescentes são mais econômicas. (fluorescentes)O criminoso foi pego em fragrante. (flagrante)O negro tem sido muito descriminado neste país. (discriminado)3. Erros de acentuação gráfica - ocorrem por dois motivos:* Por desconhecimento das normas ortográficas vigentes. Exemplo:Comprei na loja de conveniência vários ítens. (itens – sem acento)* Por desconhecimento da posição correta da sílaba tônica. Exemplo:As rúbricas dos documentos eram falsas. (rubrica – paroxítona)4. Erros no emprego da crase – ocorrem por dois motivos:* Omitindo-se o acento em situações em que ocorre a crase. Exemplo:O Projeto Mesa Brasil está promovendo uma campanha de ajuda as crianças vítimas da seca. (ajuda a quem? Às vítimas da seca)* Colocando o acento onde não ocorreu a crase. Exemplo:Enviamos à V. Sª. o resultado das avaliações. (Vossa não admite artigo antes, portanto, o correto seria “a V. Sª.)5. Erros de emprego dos pronomes: uso de um pronome com função de sujeito no lugar de um pronome com função de objeto e vice-versa.Comprei este lindo relógio para mim usar no casamento. (para eu usar)Comprei este lindo relógio para eu. (para mim)6. Erros de emprego de verbos - ocorrem em três casos:* Na conjugação verbal. Exemplo:A polícia militar não interviu a tempo de evitar o assassinato. (verbo intervir – composto: inter / vir – passado de vir, ele veio. Então o passado de intervir é interveio)* No tempo verbal. Exemplo:Encontrei Alice no mesmo lugar que, anos antes, recebeu-me. (recebera)* No modo verbal. Exemplo:Não estou certa de que essa decisão satisfaz a todos. (satisfaça)7. Erros de morfologia em substantivos e adjetivos – ocorrem em dois casos:* No plural dos nomes compostos. Exemplo:Os dois páras-choques dos carros foram atingindo na colisão. (pára – verbo parar – não vai para o plural. O correto seria “pára-choques”)* No uso do gênero dos substantivos. Exemplo:Mandei Larissa comprar uma guaraná na bodega. (um guaraná – palavra masculina)8. Erros de regência verbal. Exemplos:As madeireiras estão visando o mercado externo. (visar, no sentido de ter em vista, pede preposição “a”. O correto seria “visando ao mercado”)As crianças assistiam o desenho na televisão. (Assistir, no sentido de ver, presenciar, pede preposição “a”. O correto seria “assistiam ao desenho”)9. Erros de concordância verbal e nominal. Exemplos:Vamos esperar que V. Sª. manifeste vossa escolha. (o pronome de tratamento sempre concorda com a 3ª pessoa dos pronomes. O correto seria sua escolha)Poderá ainda acontecer mais incentivos como esses. (Mais incentivos poderão acontecer)10. Erros de colocação pronominal. Exemplo:Enviaremos até a próxima semana os pedidos que encomendaram-nos. (nos encomendaram)
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Bibliografia
SAVIOLI, Francisco Platão. Gramática em 44 lições. 15 ed. São Paulo, Ática, 1989, p.422-4.
http://www.infoescola.com/portugues/erros-gramaticais-comuns-na-lingua-portuguesa-parte-i/
Erros Gramaticais comuns na Língua Portuguesa - Parte II
1. Emprego de MAU / MAL.· Mau: é o contrário de bom (adjetivo) e acompanha ou se refere a um substantivo.Ex. O lobo-mau comeu a vovozinha.· Mal: é o contrário de bem (advérbio) e refere-se a um verbo.Ex. Passei mal no colégio.2. Emprego de ONDE / AONDE.· Onde: aparece em verbos estáticos ou dinâmicos que pedem preposição em.Ex. Onde ficou o menino? (Quem fica, fica “em” algum lugar)Onde andavam as crianças? (Quem anda, anda “em” algum lugar)· Aonde: emprega-se exclusivamente em verbos de movimento que pedem preposição “a”. Note-se que a própria palavra já começa com “a”.Ex. Aonde foram os meninos? (Quem vai, vai “a” algum lugar)Aonde chegaram os meninos? (Quem chega, chega “a” algum lugar)Obs. Por onde passearam? / De onde vieram? / Para onde foram?Neste caso, nunca use “aonde”, pois antes de “onde” já tem uma preposição.3. Emprego de A PAR / AO PAR.· A par: é usada no sentido dea) “estar ciente”, “sabedor de”: Não estamos a par do problema.b) “ao lado de”, “paralelamente”: A casa está completamente deteriorada. A par disso tudo, ainda têm muitos impostos a pagar.· Ao par: tem sentido de “ao câmbio, ao preço, ao valor, à troca”. Termo habitualmente empregado na linguagem comercial.Ex. O dólar não está nem de longe ao par do real.4. Emprego de AFIM DE/ AFIM/ A FIM DE/ A FIM DE QUE.· Afim de - usado no sentido de:a) “parente” – função de adjetivo: José é afim de Paulo.b) “próximo” – função de adjetivo: O Ceará é um Estado afim da Paraíba.· Afim – usado no sentido de:a) “parentes, familiares” – função de substantivo: Meus afins moram em São Paulo.b) “correlatas, semelhantes” – função de adjetivo: Geografia e História são áreas afins.· A fim de – usado no sentido de:a) “finalidade” – locução prepositiva e pode ser substituída por “para”: Mário estuda a fim de passar no teste.Obs. Na linguagem coloquial, esta expressão vem sendo usada em situações como “Marcos está a fim de Ana”, assumindo o sentido de “estar predisposto a namorar”.· A fim de que: usado no sentido de finalidade e pode ser substituído por “para que”, inserindo uma oração adverbial final.Ex. Os meninos treinam a fim de que vençam o campeonato.5. Emprego de HÁ/ A/ À.· Há é usado com sentido de:a) verbo fazer: Há dias não o vejo.b) Indica tempo decorrido: Há dez minutos espero pelo ônibus.c) Sentido de existir: Há crianças no pátio.· A: é preposição ou artigo. Se vier antes de um substantivo, é artigo. Depois de um verbo, é preposição.Ex. Moro a dois quilômetros de Fortaleza (preposição).A cidade de Juazeiro do Norte está cheia de romeiros (artigo).· À: é a junção da preposição “a” + artigo “a”.Ex. Fui à cidade. (Fui “a algum lugar” – a cidade: palavra feminina)6. Emprego de À-TOA/ À TOA· À-toa: é uma locução adjetiva, refere-se a um substantivo e significa ”sem qualificação”, “inútil”.Ex. Ele é um menino à-toa.· À toa: é uma locução adverbial de modo, refere-se a um verbo e significa “sem rumo, ao acaso”.Ex. Ele anda à toa na vida.7. Emprego de SENÃO/ SE NÃO.· Senão é usado equivalendo a:d) do contrário: Saia daí, senão vai se molhar.e) a não ser: Não faz outra coisa senão reclamar.f) mas sim: Não tive a intenção de exigir, senão pedir.· Se não: equivale a “caso não”.Ex. Esperarei mais um pouco. Se não vier, vou embora.
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muito obrigada me ajudou muito
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