quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Um dia você aprende - Shakspeare



"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dara mão e acorrentar a alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se,e que companhia nem sempre significa segurança. E começa aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com graça de um adulto e não a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair meio em vão.
Depois de algum tempo, você aprende que o sol queima, se ficar a ele exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que, não importam quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo (a) de vez em quando, e você precisa perdoa-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendermos que os amigos mudam. Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com que você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso, devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm muita influência sobre nós, mas que nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que você pode ser. Descobre que leva muito tempo para se chegar aonde está indo, mas que, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute, quando você cai, é uma das poucas pessoas que o ajudam a levantar-se. Aprende que a maturidade tem mais a ver com tipos de experiências que se teve e o que se aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais de seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes, e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva, tem direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama mais do jeito que você quer não significa que esse alguém não o ame com todas as forças, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, e que algumas vezes, você tem que aprender a perdoar a si mesmo.E que, com a mesma severidade com que julga, será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára, para que você
junte seus cacos. Aprende que o tempo não é algo que se possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E vocêaprende realmente que pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir mais longe, depois de pensar que não pode mais. E que realmente a vida tem valor diante da vida !!!"

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Selva Rolante

Recentemente tomei uma decisão drástica em minha vida. Deixei a moto em casa, adquiri uma bicicleta e passei a percorrer o trajeto de minha casa ao trabalho com a magrela. Nunca imaginei que esta decisão marcaria tanto minha vida. Meu motivo para tal decisão foi a necessidade de desenvolver alguma atividade física, na dificuldade com tempo para praticar esporte, resolvi percorrer os aproximadamente 7 km de byke.
Entretanto, bem mais do que exercitar meu corpo, transitar de bicicleta tem confirmado uma suspeita antiga. Penso que o transito é um lugar privilegiado para o ser humano, especialmente do sexo masculino, liberar todo seu estresse e violência instintiva. As vias são espaço para competição e concorrência constante. Basta para isso ver a posição de alguém que sofre uma ultrapassagem. É doído ser ultrapassado. É Como se o motorista estivesse sendo derrotado, é necessário revidar, sobretudo se o veículo concorrente for inferior. Isso em parte explica a agressividade no trânsito. Outra forma de manifestar a competição é a imposição da força do mais forte. Caminhões sobressaem sobre carros baixos, estes sobre as motocicletas, seguidos por ciclistas e finalmente pedestres. Há uma espécie de cadeia alimentar em que o maior engole o menor.
Sem dúvida, nosso trânsito seria menos violente se fossemos mais racionais. Mas não. Temos que correr, correr mais que o outro, ser melhor que outro, ter o carro melhor, com o melhor arranque, maior velocidade final, o motor mais potente. O mesmo se diga para motos e outros veículos. E, infelizmente, quem paga o pato por tamanha prepotência são ciclistas e pedestres.
Hoje, quando retornava do trabalho, dividindo o espaço com os demais veículos, pressionados por ônibus e caminhões a refugiar-me na calçada, onde por sinal não há uma via para ciclistas, presenciei um fato cômico, e quase trágico. Um carro estava saindo de um estacionamento, enquanto vinha um ciclista a minha frente. O motorista entrou na frente no ciclista e contornou no estacionamento ao lado. Magicamente, o garoto foi capaz de fazer a mesma curva, com a mesma velocidade e escapar do acidente; talvez, se não fosse sua percepção e agilidade, agora estaria num hospital, para descartarmos a necessidade de acionar o prever.
Infelizmente nosso trânsito é assim. O que sinto é que nele revelamos todos nossos instintos mais selvagens e emulativos. O poder de dirigir um veículo nos eleva, nos faz pretender sermos maiores que os demais, o orgulho nos invade e achamos que nada pode nos parar, ate que encontramos outro que pensa a mesma coisa, quando isso acontece geralmente a conclusão é trágica.