Uma pessoa acabou de me bloquear
no facebook como represália a reflexões feitas por mim, a qual ela simplesmente
discorda.
Nunca excluí ninguém do meu face.
Seja ele crente fundamentalista, homofóbico ou machista.
Excluir alguém me parece uma
solução violenta e autoritária porque rompe a possibilidade de diálogo, de
conviver com a diferença e negociar saídas para vida coletiva, para um mundo
comum do qual todos nós incondicionalmente fazemos parte. Revela a face
intolerante e incapaz de compreender o universo do outros nos seus próprios
termos. Significa que selecionamos as pessoas com as quais queremos nos
relacionar e as categorizamos em dois tipos: 1) aqueles agradáveis, isto é,
fazem o que eu faço e 2) os insuportáveis e perigosos, que me aborrecem o tempo
todo por pensarem diferente de mim.
Excluir alguém do facebook é um
pequeno sinal da dificuldade de viver democraticamente. Se ampliarmos isso para
esferas mais amplas, podemos, por exemplo, excluir religiosos por não gostarmos
do seu fundamentalismo. Ateus por não compartilharem de nossas crenças ou
homossexuais por adotarem uma orientação sexual diferente da predominante.
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